domingo, 12 de julho de 2009

Adaptação mental ao mundo que me cerca

Antes de eu me tornar o Andrey ou o Felipe que vocês conhecem hoje, era uma pessoa muito diferente. Poderia dizer que era o contrário do que eu sou hoje. Ninguém diria que eu fui o que eu fui ou que me tornaria o que sou. Eu era uma criança sonhadora e ingênua. Acreditem ou não, gostava de chamar atenção de todos, queria ser popular, queria que todos me olhassem. Queria ser rico, ter carros e casas. Eu odiava todo tipo de música e não sabia como alguém poderia gostar de algo assim. Odiava ficar em casa e não ter nada para fazer.Tinha pavor de chuva e gostava de brincar com insetos. Considerava isso a pior coisa que uma criança poderia passar. Se você conhece-me, já deve ter percebido que fui totalmente o contrário do que sou hoje, mas é por essas coisas que me tornei assim.

Eu gostava de ter atenção, queria que todos gostassem de mim, mas eu era sempre excluído. Tive sempre poucos amigos, o que me deixava triste. Tinha sonhos de consumo. Eram coisas pequenas mas que eu não tinha condições de conseguir à época. Esse sonho de ter e a incapacidade de poder fizeram-me odiar essas coisas. Podem dizer que sou comunista, hippie, naturalista ou qualquer coisas, mas começou a nascer em mim um ódio por coisas materiais e pela sociedade em que vivia e ainda vivo.
A rejeição das pessoas fez com que eu começasse a odiá-las. Passei a ficar mais tempo sozinho, sofria assim, mas se chamassem-me para sair eu não iria. Parecia até mesmo que eu gostava daquilo. Fui-me acostumando com aquilo tudo. Não desejava mais nada e também não tinha esperança de nada. Acomodava-me com o pouco que tinha. Aos poucos isso foi-se tornado a minha vida. Aos poucos passei a gostar disso. Por isso hoje gosto de ficar em casa. Torço todos os dias para que chova o mais forte possível. Tenho medo de insetos. Minha única companheira nisso tudo foi a música. A música fez-me apaixonar pelas artes. Filmes, livros, pinturas, poemas. Isso virou minha vida. Hoje em dia nem me importo se vou pedir esmolas nas ruas quando crescer. Vou viver de escrever, cantar e pintar. Não me importo com as pessoas, com aquecimento global e pá. Não viverei uma vida normal de ser humano. Não mesmo.

domingo, 5 de julho de 2009

Quem morre vira legal

Isso é fato. Quando as pessoas morrem, nos esquecemos de tudo de ruim que nos fizeram e da raiva que tínhamos delas. Esse fenômeno é ainda mais visível quando é transmitido em uma entidade de manipulação em massa como a televisão, em especial a TV Globo. O legal do momento é Michael Jackson, que morreu recentemente e você sabe disso a não ser que esteja em uma ilha paradisíaca longe da civilização.
Talvez você não se lembre, mas Michael Jackson, antes de morrer, fora difamado pela mídia global e, é claro, a Globo não ficou de fora. Foi quase um ano de acusações, verdadeiras ou não, mas que marcou a cabeça da maioria das pessoas desprovidas do bom-censo de não acreditar em notícias imparciais que Michael Jackson foi um pedófilo traidor da própria raça. As pessoas tinham-no como má pessoa. Sem terem ouvido uma música sequer do cantor, julgavam-no mal. Mas tudo isso se acabou quando no dia 25 de junho Jackson vem a falecer. O mundo mudou. Todos que falavam mal de Jackson se arrependeram. Jornais, televisões, toda a mídia e até presídios pagaram-lhe tributos. Os mesmos que falavam mal de Jackson bateram-lhe palmas. Fingiram que sempre respeitaram o cantor. A Globo chegou até dizer que o caso de pedofilia foi comprovado falso. Isso, leitores, é só para comprovar-lhes que a mídia não diz sempre a verdade.
O caso de Jackson não foi o primeiro. Você sempre ouviu falarem bem de grandes nomes como Raul Seixas e Renato Russo, não é? Pois saiba que antes de seus óbitos, eram terrivelmente difamados pela boa e velha Rede Globo. Ela taxava-os loucos, drogados, agitadores e desviadores de mentes, mas foi só eles morrerem que simplesmente viraram deuses. E não é de hoje que isso acontece. John Lennon e até mesmo Jesus Cristo passaram por isso.
Apenas no intuito de educar vossas mentes para que elas não sejam abocanhadas pela Central lobo de Manipulações fiz este artigo.
Michael Jackson para mim, continua sendo o que sempre foi em minha vida: apenas mais uma pessoa. Morreu, morreu. Pessoas morrem todos os dias naturalmente, por doenças, acidentes e violência, e aliás cadê a mídia para relatar esses fatos? Bem, está um pouco ocupada tratando do funeral de Michael Jackson. E a rua sem saída em que está o Brasil? Enquanto vós estais aí preocupados com a morte do "rei do pop", Lula e Dilma planejam um golpe contra a constituição brasileira para Lula poder ser reeleito. Como vós não sabeis, direi: Lula vai candidatar-se como vice (a lei permite isso) e Dilma renunciará por causa da doença que, ao contrário do que pensais, é bastante grave, dando a Lula a presidência novamente. E mais: A única pessoa da oposição que pode lutar contra isso é Sarney, que está desde já sendo difamado pela imprensa, com razão ou não. Cá entre nós, brasileiros, paremos de preocupar-nos com coisas INÚTEIS, como futebol e morte de artistas e prestemos mais atenção ao mundo real.

Só para descontrair, já imaginaram se o Ronaldo morresse?! Poderia Jesus voltar que de nada falariam. HAHA!

por hoje talvez seja só. Estou reunindo forças para acabar com minha preguiça.